Na expedição pela serra catarinense e gaúcha, descobri que o tempo ali corre em outro ritmo.
As coxilhas verdes se estendem até onde a vista alcança, e no horizonte sempre há um campo aberto ou uma curva de estrada de chão. A vida dos gaúchos pulsa forte: homens e mulheres que carregam no chimarrão, no cavalo e na lida com o gado um modo de existir que resiste às pressas do mundo moderno. Seguir viagem até o Farol Cristóvão Pereira é como encontrar um guardião de histórias esquecidas, um ponto fixo em meio ao vento e à areia infinita. E quando chego à Praia do Cassino, com seu abismo horizontal, sinto a dimensão da liberdade no maior caminho de areia do planeta.
