Viajar até o Ushuaia é como atravessar um portal para o fim do mundo. 
A Cordilheira dos Andes me acompanha como um guardião silencioso, até que o Fitz Roy surge no horizonte, imenso e desafiador, como se apontasse o caminho do céu. No Perito Moreno, o gelo estala e respira, e cada pedaço que se desprende é um rugido da própria Terra. No caminho, encontro os gauchos, que me ensinam que viver ali é resistir ao vento e celebrar a simplicidade: o mate compartilhado, a lida com os cavalos, a vida moldada pelo frio. E quando chego ao Farol do Fim do Mundo, na solidão da Terra do Fogo, sinto a beleza do isolamento. É como se a paisagem me lembrasse que estar distante de tudo também pode ser uma forma profunda de encontro — comigo mesmo.

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